quinta-feira, 16 de junho de 2011

Friends are like wine…

É certo que o sol torna tudo mais belo. Não faz muito tempo, li uma pesquisa muito conhecida a respeito do elevado índice de depressão e suicídio nos países em que o sol aparece menos tempo no ano.  Outro dia, o Alex me disse que percebeu que o humor dele mudava conforme o tempo aqui em Berkeley, e eu passei pela mesma experiência – quanto mais dias nublados e frios consecutivos, mais “murchinha” ficava. Foi uma primavera atípica, segundo os moradores. Maio com jeitão de março. Tivemos sorte, contudo, pois no dia em que fomos visitar o Wine Country estava fazendo um sol bastante agradável.  Isso foi lá pro começo de maio e esse post é sobre notícia velha mesmo.

 Visitamos uma parte do Wine Country chamada Napa Valley, pertinho aqui da região que estamos. A Califórnia é conhecida nos Estados Unidos também pelos bons vinhos produzidos em seu território. Existem vinícolas em várias partes do Estado, inclusive em Monterey e Carmel, mas não visitamos quando passamos por lá. Diz-se que Napa Valley é a região mais forte. Quando fiquei sabendo que se produzia vinho por aqui estranhei, mas depois me lembrei de uma carta que li há uns dois ou três anos, o filho exilado nos EUA, escrevia ao pai em Cuba sobre as vinícolas daqui. O pai era produtor de vinho na Alemanha, de onde também teve que se exilar por volta de 1938.

Fomos visitar o vale dos vinhos com três guias: uma revista da região que ganhamos na locadora de carro, meu guia da Califórnia e o guia do Alex da Folha (presente de natal da Bia).  Tudo isso para desobedecermos todos eles! E, no fim, descobri que guias são bons pra isso mesmo: melhor quando não os seguimos de modo estrito. A região é imensa. Imaginem as estradas brasileiras que cortam canaviais. Agora substituam canaviais por parreiras de uva. Eis Napa Valley. Os guias indicavam vinícolas para visitarmos, “pare aqui”, “pare ali”... mas, logo no começo percebemos que, fazendo isso, perderíamos muita coisa e fomos entrando em cada ruinha que saía da estrada principal, nos infiltrando nas pequenas plantações e na paisagem bucólica.   

 A ideia era explorar o lugar, totalmente desconhecido. O ponto final – tínhamos que decidir por um, caso contrário a viagem não teria fim – seria uma vinícola cuja construção principal era um castelo. Depois disso, a viagem de volta... explorando as vinícolas do outro lado da estrada e experimentando alguns vinhos (eu, claro, porque o Alex era o motorista!). A região é realmente linda e os vinhos muito bons! As famílias que fundaram as vinícolas por aqui vieram de vários países da Europa com tradição no assunto, como França, Itália e Alemanha. Dentro das vinícolas é possível visitar também galerias de arte e exposições, ver as plantações, animais na fazenda, o processo de fabricação, armazenagem... Não sou expert em vinhos, mas o Merlot da Beringer foi o melhor que já tomei!

Quem vai vir fazer um brinde com a gente?! 

 

Um comentário:

Patricia Zago disse...

bem que eu gostaria!!!

miss you babies!

:*