terça-feira, 18 de outubro de 2011

O semestre dos eventos acadêmicos

O que é o “segundo semestre” de um ano? É um período que passa muito, muito rápido! Depois de julho, um piscar de olhos e já se vê enfeites de Natal pelas lojas e até panetones nos supermercados. Essa segunda parte do ano é bem corrida, mesmo aqui onde – invertidos pela linha do Equador – estamos no “primeiro semestre acadêmico”. 

Quem vive no ambiente acadêmico sabe que é nesse período que ocorre a maior parte dos encontros, congressos e seminários. Além das aulas que tenho assistido – Jay sobre Habermas e Butler sobre Hegel – tenho tido o privilégio de assistir uma série de palestras que têm enriquecido definitivamente minha experiência por aqui.  

Tenho lido Habermas para as aulas do Jay. Gostei bastante do primeiro livro “Mudança estrutural da esfera pública”. Juro que me esforcei para ler Habermas como uma criança que lida com uma novidade, mas depois do primeiro livro, ele começou a me parecer meio “naïve”... embora o Jay se esforce para fazê-lo ter todo o sentido. Sobre as aulas da Butler, o que dizer? Simplesmente não pisco! É um novo Hegel para mim. 

Ah, as palestras! Boas por si só, também foram uma ótima surpresa quando pela primeira vez alguém me perguntou sobre um acadêmico brasileiro e não sobre a Dilma, o Caetano Veloso, a caipirinha ou a feijoada! O Prof. Geuss ministrou uma série de palestras no final de setembro que me reanimaram um pouco em relação à minha pesquisa, aos meus “insights” e “intuições”. Mas também conversamos sobre Fernando Pessoa e Euclides da Cunha. Também assisti uma palestra bem instigante do Prof. Hullot-Kentor – que redescobriu a pequenez desse mundo quando viu que conhecíamos as mesmas pessoas do grupo de Teoria Crítica no Brasil. 

Ontem fui à Universidade de Stanford, que fica a umas 2 horas daqui. Assisti a uma palestra do Zizek. Achei a Universidade linda! Meio faraônica... e lá estava mais quente do que aqui!! A palestra do Zizek estava lotada e eu gostei do que ouvi, não porque concordei assim sem mais, mas porque me desafiou em certo sentido. O bom mesmo é sempre voltar pra casa com a cabeça cheia de novos pensamentos, questões e contradições para se refletir sobre. E no final do mês tem a conferência na Pensilvânia... 

Ok, já sei o que você está pensando... eu pareço uma criança num parque de diversões, acertei? É isso aí, acho o maior "barato"... Há problemas? Há coisas para serem criticadas? Claro que sim! Mas estou aproveitando, apenas isso.


E também tem um vídeo do começo da palestra:


Um beijo e um abraço apertado com muiiitas saudades de todos!

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